As revoluções educacionais
Quando falamos das transformações que a educação sofreu através dos tempos, lembramos-nos da educação que era transmitida apenas para uma pequena parcela da população, (classe dominante). Nem todos tinham o direito de aprender, de receber instruções. Havia a figura do professor como detentor do saber, sujeito que transmitia aos alunos seus conhecimentos.
Quando falamos das transformações que a educação sofreu através dos tempos, lembramos-nos da educação que era transmitida apenas para uma pequena parcela da população, (classe dominante). Nem todos tinham o direito de aprender, de receber instruções. Havia a figura do professor como detentor do saber, sujeito que transmitia aos alunos seus conhecimentos.
A sala era composta por poucos alunos e havia também a exclusão das mulheres, ou seja, somente os homens podiam ser instruídos. Os alunos eram todos de pele branca o que retrata bem a figura de uma educação para uma classe homogênea.
A educação era nesse tempo como uma educação bancaria, na qual o professor como detentor do conhecimento, transmitia o saber aos alunos sem que esses pudessem se colocar como sujeitos críticos no papel de ensino aprendizagem. Diferente do que acontece nos dias de hoje onde se tem a concepção de um professor que é facilitador da aprendizagem, sujeito que desperta no aluno como aprender a aprender.
A imagem acima retrata uma educação onde as mulheres não tinham
espaço. Uma escola formada por alunos em classes homogêneas.
Os caminhos da interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade trata-se de unir profissionais de diferentes áreas do conhecimento a desenvolverem projetos ou discutirem sobre um mesmo assunto, cada um dentro de seus respectivos conhecimentos. Há um dialogo entre estes profissionais na busca da solução de um problema ou com o intuito de despertar no aluno os diferentes assuntos a serem estudados através de um único tema, que é no caso o objeto da aprendizagem do qual buscam conhecer.
O professor pode em sala de aula trabalhar um tema com os alunos de maneira interdisciplinar, mantendo dialogo com professores das outras áreas do conhecimento para que os alunos venham de uma maneira mais prática e eficaz aprender sobre um determinado tema.
Segundo Piaget, a interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar à transdisciplinaridade, etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas. (Fonte: http://educador.brasilescola.com/orientacoes/promovendo-interdisciplinaridade-na-escola.htm)
O juízo moral na criança
A criança quando nasce tem o pensamento egocêntrico, acredita que o mundo gira em torno dela. Não tem ainda a consciência de que para viver precisa obedecer a regras, esse estado é conhecido como “anomia”. Após esse estado passa a se tornar sujeitos heterônomos, ou seja, passa a saber que não pode fazer determinadas coisas se não vão apanhar por exemplo, sabe que aquilo que ela fizer vai acarretar em alguma coisa de ruim para si própria. Depois passa a se tornar sujeitos autônomos, começam as respeitar as regras impostas pela sociedade, pela escola, pela família. Entende que para viver em sociedade é preciso o respeito às regras, sabe que tudo tem um limite e que esse limite é devido às regras para que haja uma harmonia na vivência entre as pessoas, ou seja, já está internalizado dentro dela as regras que deve seguir.
estados pelo qual a criança passa
A escola e a construção de valores
As regras tem sido e é peça fundamental para que venha existir o respeito e a harmonia no convívio dentro de um grupo de pessoas. A criança nasce e tem o pensamento egocêntrico, pensamento que a faz pensar que tudo gira em torno dela, ela vai crescendo e descobrindo que para se viver em sociedade é preciso obedecer às regras. Descobre que se não obedecê-las algo irá acontecer a ela e que essa ação de não obedecer às regras gerará em alguma pena, ela sofrerá alguma punição em virtude do desrespeito para com as regras.
O trabalho dentro de sala de aula deve ser um trabalho de colaboração onde o professor e os alunos estão em um mesmo nível, isto é, os alunos precisam ver a figura do professor como uma autoridade, mas este por sua vez estabelece o papel de facilitador da aprendizagem, levando os alunos a serem pessoas autônomas dentro da escola e na sociedade. Os alunos irão respeitar a figura do professor sem precisar que ele grite com elas para que executem uma tarefa ou respeite as regras.
Precisamos trabalhar os conteúdos em sala de aula de maneira interdisciplinar, incluindo nas aulas de português ou de qualquer outra matéria algo que venha fazer parte da construção de valores, que venha fazer com que os nossos alunos internalizem as regras e venham obedecê-las transformando-os em sujeitos autônomos.
A foto de crianças cantando o hino nacional na escola retrata o respeito e lembra-se de valores pelo qual não podemos deixar morrer. (Fonte: http://contrapontoonline.wordpress.com/2009/11/26/hino-nacional-brasileiro-e-obrigatorio-nas-escolas/ )
Poema – Escola é – Paulo Freire
Escola é
... o lugar que se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede, Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade, É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.
O poema faz relação a uma escola onde todos são amigos e compartilham entre si dos mesmos objetivos de uma escola de regras e respeito onde ninguém está acima de ninguém. Há o respeito no convívio escolar, pois o grupo está internalizado a respeito das regras para que se faça daquele ambiente, um lugar agradável e propicio para que todos vivam em perfeita harmonia.
Olá Wagner, tudo bem? É essa a ideia do blog mesmo! Parabéns!
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